Rio de Janeiro ganha planta-piloto de hidrogênio verde

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A Coppe/UFRJ, em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha, desenvolveu uma planta-piloto de hidrogênio verde capaz de gerar 8,6 kg do gás por dia

Da esquerda: Markus Francke, Patricia Naccache, Andrea Santos e Joachim Schemel (Foto: Divulgação/Coppe-UFRJ)

O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) inaugurou a planta-piloto de hidrogênio verde na Cidade Universitária, no Rio de Janeiro, em agosto. A iniciativa é uma parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e representa um avanço no desenvolvimento da pesquisa de ponta e inovação em hidrogênio verde, segundo as instituições envolvidas. 

Markus Francke e Andrea Santos (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A planta, criada por meio do Projeto H2Brasil, utiliza nove eletrolisadores com membrana de troca aniônica (AEM). Elas podem gerar 8,6 kg de hidrogênio por dia. Também há um supercapacitor, sistema que comprime o hidrogênio a 385 bar de pressão, 24 cilindros de armazenamento, quatro bicicletas híbridas e um sistema para abastecê-las com dois litros de H2 a 300 bar. Essas características, segundo a Coppe/UFRJ, conferem a capacidade de geração estacionária de energia elétrica, de produção de eletrocombustíveis (e-fuel) e o uso de hidrogênio verde (H2V) como combustível na micro mobilidade urbana.

Planta-Piloto de hidrogênio verde serve de estímulo ao setor

A coordenadora geral de Energias e Tecnologias de Baixo Carbono e Inovação do Ministério de Minas e Energia (MME), Patricia Naccache, comentou sobre a importância da iniciativa para o estímulo ao desenvolvimento do setor e da transição energética no país. 

Patricia Naccache (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

“O governo reconhece a importância e o papel vital do investimento para dinamizar o ecossistema do hidrogênio no país, construir capacidades tecnológicas nacionais e estimular os investimentos no setor privado. Nesse sentido, o Projeto H2Brasil vem reforçar as políticas públicas já implementadas e estimular o desenvolvimento deste setor essencial para a transição energética”, disse a executiva durante o evento de inauguração da planta.

O Programa Nacional do Hidrogênio, que reúne 11 ministérios, espera ter cinco vezes mais recursos para alocar no setor do que tinha em 2020, chegando a R$ 150 milhões em 2027. “O hidrogênio – de muitas cores, não apenas o verde – vai ser uma parte muito importante da transição energética e o Brasil tem um potencial enorme neste recurso”, disse Markus Francke, diretor do Projeto H2Brasil.

Micro mobilidade 

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Entre os objetivos estabelecidos pela organização da planta está a aplicação do hidrogênio verde na micro mobilidade urbana. Nesse sentido, o campus da faculdade receberá quatro bicicletas elétricas movidas a H2V, com 150 km de autonomia e com cilindro de 2L de hidrogênio, que pode ser recarregado em cerca de dois minutos. 

Segundo a coordenadora do Laboratório de Transporte Sustentável (LabTS), Andrea Santos, ao adotar as bicicletas, o projeto buscou “demonstrar a viabilidade técnica desse equipamento que tem potencial para revolucionar a micro mobilidade urbana, colaborando com a transição energética e apoiando a nova economia do hidrogênio”.

FONTE: ALÉM DA ENERGIA

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