COP28 avança em transição energética, reconhecendo necessidade de abandonar combustíveis fósseis

0 minutos de leitura

O Brasil pediu aos países desenvolvidos que liderem a transição energética e forneçam “os meios necessários” aos países em desenvolvimento

Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, aprovou nesta quarta-feira (13) um acordo que reconhece pela primeira vez a necessidade de abandonar os combustíveis fósseis.

O documento final do acordo apela à “transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica, com o objetivo de alcançar a neutralidade carbônica em 2050, de acordo com recomendações científicas”.

A aprovação do acordo foi saudada por muitos países, como os Estados Unidos, a União Europeia e a França. No entanto, a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis), que representa países vulneráveis às mudanças climáticas, afirmou que o texto ficou aquém do necessário.

“Sentimos que o texto não proporciona o equilíbrio necessário para reforçar a ação global para a correção do rumo das alterações climáticas”, disse Anne Rasmussen, representante das ilhas Samoa que preside a Aosis.

secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também celebrou o acordo, mas ressaltou que a eliminação dos combustíveis fósseis é inevitável.

“A era dos combustíveis fósseis deve terminar – e deve terminar com justiça e equidade”, afirmou Guterres. “Esperemos que não chegue tarde demais”.

O acordo da COP28 estabelece os seguintes objetivos:

  • A transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa.
  • Aceleração da ação nesta década crítica, com o objetivo de alcançar a neutralidade carbônica em 2050, de acordo com recomendações científicas.
  • Triplicação das energias renováveis e duplicação da eficiência energética até 2030.

Texto também reconhece a necessidade de:

  • Fornecer apoio financeiro e tecnológico aos países em desenvolvimento para a transição energética.
  • Adaptar-se aos impactos das mudanças climáticas.

O acordo foi saudado por líderes mundiais, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que o chamou de “histórico”.

No entanto, ele foi criticado por países em desenvolvimento, que alegam que ele não vai longe o suficiente para combater o aquecimento global.

Brasil

O Brasil pediu aos países desenvolvidos que liderem a transição energética e forneçam “os meios necessários” aos países em desenvolvimento.

“É fundamental que os países desenvolvidos assumam a liderança na transição para o fim dos combustíveis fósseis”, disse a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva.

Fonte: Canal Rural

Gostou deste conteúdo? Deixe sua opinião: