COP28: projetos brasileiros para transição energética ganham destaque
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Brasil pode liderar a transição energética mundial e já conta com estação experimental de abastecimento de hidrogênio a partir de etanol
A transição energética é um desafio global e tem sido tema da COP28, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. E neste cenário, projetos desenvolvidos no Brasil se destacam, com os atuais estudos em andamento sendo discutidos em painel sobre ação climática e investimento sustentável durante o evento global.
Iniciativas brasileiras para transição energética
A Universidade de São Paulo (USP) lançou a primeira estação experimental de abastecimento de hidrogênio renovável a partir de etanol no mundo. Além disso, tem atuado na produção de hidrogênio a partir de biometano e gás natural, com captura e armazenamento de carbono, também chamado de hidrogênio azul.
Temos a planta piloto que produzirá H2 a partir da reforma do etanol, tecnologia inicialmente desenvolvida pela startup Hytron; um outro projeto que visa a obter H2 a partir da vinhaça, resíduo líquido advindo da produção do etanol, além do projeto para produção de eletricidade a partir também do etanol, mas com células de combustível a alta temperatura (SOFC, equipamento no qual a obtenção do H2 a partir do etanol ocorre internamente na célula); e, finalmente, projetos de eletrólise a baixa temperatura otimizada (PEM) e a alta temperatura (SOFC).”
Júlio Rogério Meneghini, professor da USP
O professor é um dos palestrantes no painel Diálogo Científico sobre Ação Climática e Investimento Sustentável no Brasil, organizado pela USP, Instituto Planeta Verde e Associação dos Advogados de São Paulo. O evento acontece nesta terça-feira (05) e faz parte da programação da COP28. As informações são do Jornal da USP.
Compromissos assinados na COP28
- Durante a COP28, um marco histórico foi atingido quando 118 países, incluindo o Brasil, se comprometeram a triplicar sua capacidade de geração de energia renovável até 2030.
- Paralelamente, um grupo de 20 nações também se propôs a triplicar a produção de energia nuclear até 2050.
- O acordo ocorre enquanto o planeta enfrenta ondas de calor e bate recordes de temperatura em 2023.
- Este movimento ambicioso, liderado por potências como a União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, busca aumentar significativamente as capacidades globais de energia renovável, como eólica, solar e hidrelétrica, para cerca de 11.000 gigawatts, comparado aos atuais 3.400 gigawatts.
- O ponto negativo é que países como China e Índia, apesar de apoiarem a iniciativa, não assinaram o compromisso.
- O pacto, que inclui países como Nigéria, Austrália, Japão, Canadá, Chile e Barbados, não é obrigatório e leva em conta as circunstâncias nacionais distintas de cada signatário.
- Sultan al-Jaber, presidente da COP28, expressou otimismo, afirmando que este acordo poderia ajudar o mundo a se afastar do carvão.
Fonte: OLHAR DIGITAL